autismo 2

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Os primeiros sinais do Autismo



A ideia de começar esse blog foi pela minha busca incessante por informações quando antes do diagnostico do meu filho, eu procurei incansavelmente por relatos de Pais que estavam passando pela mesma situação e cada palavra que eu lia, me encorajava e me preparava para o dia que enfim o diagnostico chegou, então vamos la!

Que tal começar pelo inicio?
Tive uma gravidez tranquila, meu terceiro filho foi muito planejado e esperado.
Um parto tranquilo, o primeiro aninho de vida dele, não via nada de diferente a não ser o fato do meu filho não gostar de ir no colo de outras pessoas e não manter por muito tempo um contato visual, mas não era motivo de preocupação pra mim naquele momento.
Quando o Lucca completou um aninho, eu comentei com a Pediatra que ele não falava nenhuma palavra ainda, mas como moro no EUA e na minha casa falamos português e ele assistia tv em inglês, ela me disse ser normal o atraso, pelo motivo das duas línguas diferentes, mas me encaminhou para a fonoaudióloga para ajuda-lo na fala.
Ele ficou quase um ano fazendo o tratamento e tivemos poucos progressos, nada significativo.
Comecei então a observar que ele não estava se comportando da mesma forma que meus outros filhos quando tinha a mesma idade, coisa que só mãe consegue enxergar, pois quando falamos para alguém a resposta  é sempre a mesma:
Isso e coisa da sua cabeça!

Devagar meus olhos foram abrindo para pequenos sinais, observei que aquele movimento que ele fazia antes de dormir, não era somente bonitinho, mas sim um movimento repetitivo, não gostava de ambientes cheios, em festas de aniversario chorava muito e sempre tinhamos que vir embora, no seu primeiro aniversario, ele chegou bem , mas na medida que os convidados chegavam e o salão ficava cheio ele começou a ficar nervoso e chorar muito, minha mãe teve que voltar com ele pra casa antes do fim da festa.
O grande start foi quando meu filho começou a enfileirar objetos, corri para a internet procurar o que poderia ser isso? As respostas eram todas as mesmas: AUTISMO!
Como assim? Ele não  pode ser Autista, ele brinca, ele interage com a família , Ele só é um pouco antisocial , coisa de criança, mas fui pesquisar e vi que ele se encaixava em muitos requisitos. E Agora?

Agora preciso correr atras de um medico urgente pra descartar essa possibilidade do meu filho ser autista, sim esse foi o meu primeiro pensamento!
Na próxima semana meu filho teve uma seção de fonoaudiologia  e minha pergunta foi : Existe alguma possibilidade do meu filho ser AUTISTA?
Ela muito gentil me disse que não estava apta a me responder isso, mas se eu autorizasse, ela convidaria a coordenadora da agencia para fazer uma nova avaliação com ele.
No dia dessa avaliação fiquei observando tudo de perto e no final a resposta foi: Não posso dar um diagnostico, mas essa hipótese não esta descartada.
Levei meu filho ao Pediatra e aqui nos EUA a cada ano os pais tem que preencher um questionário para verificar o desenvolvimento da criança e baseado nesse questionário , encaminharam meu filho para o neurologista, pois ele ainda não falava quase nada, fazia sons sem sentidos, palavras mesmo somente três ou quatro , não tinha contato visual, preferia brincar sozinho e ele tinha acabado de completar dois anos.

A grande angustia foi esperar três meses para a consulta com o Neurologista, mas enquanto isso o Lucca ja começou a fazer tratamentos para crianças autistas, dizia a Terapeuta que não podíamos perder tempo, que ele realmente tinha um atraso no aprendizado e independente do diagnostico ele precisava de ajuda, e foram semanas de tratamentos e angustia procurando uma resposta, acredito que a espera foi o pior momento, essa duvida se meu filho era autista ou não , me deixava deprimida, angustiada, não sabia mais como agir com ele, parecia ter perdido o meu chão e minha vida dependia daquele diagnostico, olhava videos e matérias sobre autismo na internet, fiquei expert no assunto, assistia palestras o dia inteiro, mas o autismo não tem um padrão  e uma criança  nunca  será igual a outra, então a comparação com outras crianças não esclareciam muito minhas duvidas, foi um momento muito difícil não so pra mim , mas para toda a minha família, uns aceitavam a possibilidade, outros rejeitam totalmente, mas eu so queria que chegasse o dia da consulta com o neurologista e enfim aquela duvida que me machucava por dentro iria terminar de uma vez por todas e enfim chegou o grande dia! O dia em que nossas vidas tomariam outros rumos.



Acompanhe essa reportagem do Dr Drauzio Varella muito esclarecedora sobre os primeiros sinais do autismo.
No proximo post falaremos sobre a consulta ao Neurologista.



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